segunda-feira, 14 de junho de 2010

Trabalho de casa: arranjar uma máscara

A hora já vai avançada. No entanto a vontade de escrever permanece, portanto antes de dormir, nada melhor que um pouco de texto não muito trabalhado para abençoar a minha noite de sono.
Tenho três letras para escrever para três melodias que tenho feitas. Aliás, tenho quatro letras e meia para escrever, para cinco melodias. Não creio que seja um trabalho muito difícil. No entanto, o mais difícil é mesmo arranjar um tema interessante.
Esse é o maior trabalho, tentar variar o tema. Gosto de sentir que as letras que escrevo não estão directamente relacionadas com as minhas vivências. Porque quando escrevo algo que realmente sinto, um verdadeiro desabafo sobre os meus problemas, normalmente o poema sai uma coisa meio estranha. Não um poema mau, mas estranho. Estranho porque em poucas frases exponho todas as minhas fragilidades, desamores e defeitos. Sim, porque, a meu ver, é sempre mais fácil escrever sobre os nossos problemas do que sobre as coisas boas que nos acontecem.
O escolher um tema diferente, uma realidade diferente, constitui um desafio muito interessante. É verdade que temas como amor e solidão estão presentes, ou não seriam estas as duas constantes contrárias da vida. A abordagem a estes dois temas é que deve ser diferente, impessoal e trabalhada. Queria escrever uma letra com um tema de intervenção política mas não consigo. Ainda acho que existem limites para isto do escrever de forma impessoal.
Portanto, o quadro é o seguinte: escrever algumas letras, sobre temas diferentes, tentando ser o mais impessoal possível. Pode ser que durante esta semana entre as aulas, o estudo e os jogos do Mundial consiga escrever alguma coisa.

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