segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Primeiro


Nascido em Faro há 23 anos, Ricardo Silva é um vulgar estudante universitário e futuro farmacêutico que se diverte a contar histórias banais em acordes de guitarra. Na solidão do seu quarto vai rabiscando melodias e textos para consumo próprio. Mas timidamente estas têm vindo a espalhar-se por outros lugares.

Ricardo Silva não nasceu numa família de músicos, mas a paixão pela música aprendeu a gatinhar consigo. Nas velhas cassetes áudio guarda as suas primeiras influências, que ainda hoje se manifestam espontaneamente em cada processo criativo. Nunca estudou música convenientemente. O que sabe foi aprendendo aqui e ali ao longo destes últimos 8 anos.

Há 2 anos sentiu necessidade de criar o seu próprio material. Sem experiência na área da escrita e da composição, foi aos poucos brincando com as palavras e os sons, aprendendo a conjuga-los a seu gosto. Deste processo nasceram canções que são o cenário de diferentes personagens e experiências.

É difícil definir um estilo ou uma influência base para as suas músicas. De Milton Nascimento a Rui Veloso, passando por Chico Buarque ou Manuel Cruz, são muito diferentes os músicos que o vão inspirando a cada verso e a cada acorde.

Ricardo Silva não se considera um músico, preferindo o rótulo de aspirante a cantautor. Um desconhecido amante de música que tem prazer em compor. Tão desconhecido que não arranjou ninguém que não ele para escrever este texto. Mas isso não tem importância.

Ricardo Silva apresenta pela primeira vez as suas canções no dia 24 Julho pelas 22h no Pátio B@r em Faro

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Uma antes de dormir

Já foram várias as vezes que este senhor foi aqui mencionado. Mas nunca é demais falar do meu guitarrista favorito.

Mais uma vez um vídeo do seu projecto a solo, The Nightwatchman. Continuo a ficar deliciado com o poder que apenas um homem e uma guitarra conseguem ter.


Para os mais interessados visitem: http://nightwatchmanmusic.com/


"Pausa para café"


Eu gosto muito de escrever sobre situações práticas, pegar naquilo que é palpável e comum e tentar através dessas imagens transmitir sensações. Vou fazendo isso com as minhas músicas. A maioria são pequenos enredos, alguns bastante comuns. Acho que me perco se escrever sobre assuntos demasiado abstractos, por isso mantenho esta linha de raciocínio.

Escrevi este poema há dez minutos. Fala dos benefícios que uma ligeira pausa na nossa rotina nos pode proporcionar. Mas essa mesma pausa pode tornar-se parte da própria rotina. E este é o dilema de todos aqueles com trabalhos comuns.

Pausa para café

De chávena quente na mão
Saboreio o novo dia a cada gole quente.
O cheiro a jornal traz a boa nova
De uma realidade certamente diferente
Ou não estivesse o Mundo em rebelião.

Cada página com um novo achado
Estimulado por um alcalóide vulgar,
O Sol ainda tímido e a rua desinibida.
São diferentes passos de um velho caminhar,
Por vezes traçado em tom desesperado.

Mas o café sabe sempre ao mesmo...


terça-feira, 12 de julho de 2011

"A Cidade"

Bom, volta a tal publicação desaparecida há uns tempo, vou lá saber porquê.

Já não me lembro que texto introdutório tinha escrito mas também não vejo grande problema nisso. Este poema surgiu dos meus muitos passeios a pé pela cidade de Faro, tanto durante o dia como à noite. Não quer dizer que tenha visto aquilo que aqui se descreve. A imaginação é o ponto de partida para todos os meus poemas e este não é excepção.

Este poema já se encontra musicado. Lá para Setembro talvez consiga gravar a música.


A Cidade

Passo a passo no passeio, entre as luzes pouco vivas
Vejo a água correr pela berma a limpar o resto dos dias.
Entre o fumo dos carros velozes cheiro a selva da cidade.
Multidões que com o olhar toco traçam rumos sem destino.

Estará viva a cidade?
Já não sinto o seu coração pisado pela multidão.

Talvez, quando o Sol aparecer, esta dispa as suas verdades
Que o silêncio da noite ofusca dos olhares da avenida.
Junto ao lixo que muitos desprezam outros pregam o seu retrato.
Entre carros de faróis cegos correm lágrimas de dor.

Estará viva a cidade?
Tenho pena deste seu rosto que surge depois do Sol posto.

Pelas ruas da cidade limpo a alma a cada passo.
Pois cada traço de dor que vejo
Faz-me crescer.

domingo, 10 de julho de 2011

O Regresso

Chega. Já lá vai muito tempo desde a última vez que aqui escrevi alguma coisa. As minhas rotinas mudaram e deixei este espaço para segundo plano. Mas já chega de silêncio.

O meu "regresso" à escrita não será melhor do que era. Não fiz qualquer tipo de retiro espiritual nem coisa que se pareça. Portanto não existiu qualquer tipo de evolução com esta minha ausência. Continuarei a escrever publicações completamente desinteressantes, e vou ver se arranjo inspiração para uma vez por outra publicar aqui algo mais elaborado. (sim, porque já chega de culpar o tempo pela ausência de poemas).

Entretanto fica já aqui definido que só lá para Setembro é que volto a gravar mais coisas, porque isso sim exige tempo e recursos, que é coisa que de momento não tenho. Mas fica prometido.

Vou voltar a publicar o poema "A Cidade" e vou ver se esta noite meto aqui algo novo. Entretanto fiquem com uma música que tenho gravada na minha cabeça há já muito tempo (leia-se anos), mas não fazia a mínima ideia de quem a tocava e do nome da música. Descobri isto ontem. "Music For a Found Harmonium" é ideal para acompanhar um bom momento de reflexão.

Bom dia a todos e até logo.