terça-feira, 12 de julho de 2011

"A Cidade"

Bom, volta a tal publicação desaparecida há uns tempo, vou lá saber porquê.

Já não me lembro que texto introdutório tinha escrito mas também não vejo grande problema nisso. Este poema surgiu dos meus muitos passeios a pé pela cidade de Faro, tanto durante o dia como à noite. Não quer dizer que tenha visto aquilo que aqui se descreve. A imaginação é o ponto de partida para todos os meus poemas e este não é excepção.

Este poema já se encontra musicado. Lá para Setembro talvez consiga gravar a música.


A Cidade

Passo a passo no passeio, entre as luzes pouco vivas
Vejo a água correr pela berma a limpar o resto dos dias.
Entre o fumo dos carros velozes cheiro a selva da cidade.
Multidões que com o olhar toco traçam rumos sem destino.

Estará viva a cidade?
Já não sinto o seu coração pisado pela multidão.

Talvez, quando o Sol aparecer, esta dispa as suas verdades
Que o silêncio da noite ofusca dos olhares da avenida.
Junto ao lixo que muitos desprezam outros pregam o seu retrato.
Entre carros de faróis cegos correm lágrimas de dor.

Estará viva a cidade?
Tenho pena deste seu rosto que surge depois do Sol posto.

Pelas ruas da cidade limpo a alma a cada passo.
Pois cada traço de dor que vejo
Faz-me crescer.

3 comentários:

  1. já tinha dito, mas digo outra vez: gosto mesmo mesmo deste poema!
    e acho muito bem que continues a escrever e que proximamente apareça aqui mais qualquer coisinha. I hope :D *
    P.S.- e gosto muito de vir aqui fazer comentários também. não sei porquê é que mais pessoas não vêm!

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  2. então para o próximo concerto já vamos poder ouvir este poema cantado não é? :) eu gostei de ouvir novas musicas, fora as que já conhecia, e principalmente de ouvir "O Baile" duas vezes!
    Pudeste ver que tens o apoio necessário para continuar e isso é muito bom.
    Eu espero poder continuar a ver o que vais fazendo e que tenhas muito sucesso!
    Beijinhos.

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