segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ponto de viragem

Decorria possivelmente o ano de 2002. Numa normal tarde depois das aulas sentei-me ao pé da aparelhagem, com os auscultadores postos, e preparei-me para ouvir um álbum de uma banda que desconhecia na altura: Massive Attack. O álbum, sei hoje, já tinha saído há quatro anos. Na altura os meus interesses musicais eram polvilhados com as mais influentes bandas de Nu Metal da altura, e com a electrónica dos Prodigy. "Massive Attack? Com um nome destes tem de ser uma banda pesada!" Nisso não falhei...

É pesada sim sr., mas o Trip-Hop tem mais que se lhe diga. Ao fim de poucos minutos da faixa "Angel", o volume dos auscultadores deixou de ser moderado. Na "Risingson" tudo disparou. Depois quando "Teardrop" começou, um pensamento surgiu: "então afinal esta música é deste gajos?". Nessa tarde fazia-se história, e a minha cultura musical começava a sofrer uma metamorfose profunda. Ouvir o álbum num sentimento de profunda descontracção fez com que fossem surgindo memórias e motivações interessantes a cada nova faixa. Hoje em dia posso ainda dizer que é o meu álbum preferido de sempre. É óbvio que existem obras-primas na musica contemporânea, as quais eu não renego. Mas "Mezzanine" foi o ponto de viragem, o caminho para a forma como hoje em dia vejo e sinto a música.

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