quinta-feira, 3 de junho de 2010

"Num murmúrio feroz e sombrio"

Este poema não está datado, mas creio que seja de Setembro de 2009. É curioso referir que este poema era para ser maior, no entanto a suposta terceira estrofe encontra-se totalmente riscada no meu caderno de ideias. Tenho ideia que o escrevi a altas horas da noite, mas até foi minimamente pensado.

Num murmúrio feroz e sombrio,
o rapaz rasga a cortina do vazio
e exalta aos céus a doce revolta
e a plenitude de um tumultuoso espaço.
À espera de um olhar penetrante,
à espera de um saber, de um último pedaço.

E com um olhar pútrido ela surge,
tão charmosa e atraente, em véu de seda carmim
qual ninfa demente, qual coisa ruim,
que assola a terra em noites de Sol quente.
A desilusão, pois pudera eu travá-la enfim,
Mas em mim ela se cola para sempre.

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