sábado, 23 de outubro de 2010

De volta ao trabalho regular

Voltei às gravações e à composição regular. Na Quarta-feira passada gravei três músicas. "Os Dias", uma música já com vários meses, e uma das primeiras letras a ser publicada neste blog, "Platão Cabe em Quatro Cordas", feita em meados de Setembro (a tal música do cavaquinho) e "O Jardim das Cores", música feita há uma semana e letra feita na Terça-feira. Sobre esta última, que ainda não teve direito a dissertações, não há muito a dizer. A música não chega a dois minutos, e tem um título que mais faz lembrar um qualquer programa infantil. Isto porque os protagonistas da música são duas crianças na idade da inocência e descoberta. Portanto, três novas faixas gravadas com "qualidade" (sim, porque apesar de tudo não sou nenhum engenheiro de som).

Tenho andado, como já referi, em composição. Ontem, curiosamente, aconteceu-me uma situação curiosa. Fiz uma melodia ao fim da tarde, uma melodia mais introspectiva que me satisfez bastante. Na própria noite fiz a letra, à qual dei o nome de "A Praia". Ora hoje, após reflexão mais profunda, cheguei à conclusão que não gostava da letra. Aliás, gostava de quatro ou cinco versos da mesma. Pensei então durante o dia em algo que pudesse escrever. A inspiração veio de uma entrevista que me fora recomendada.

Manuel Cruz, há algumas semanas, deu uma entrevista para a RTP2 no programa "Bairro Alto", entrevista essa que vi há cerca de três horas atrás. Entre muitos assuntos, Manuel Cruz revela que por vezes escreve letras do subconsciente, a escrita pela escrita. Isto significa que o poema pode acabar por não ter muito sentido, sendo apenas uma conjugação de palavras que surjam no momento (isto muito resumidamente, vale a pena ver a entrevista). Foi isso então que fiz com "A Praia". Deixei os primeiros cinco versos e apaguei tudo o resto. Fui então escrevendo ao sabor das ideias, e o resultado já foi mais do meu agrado. Surgiu então a música "Um Deserto de Bolso". Apesar de este poema ter sido escrito em poucos minutos e ao sabor das ideias mais primárias, até acaba por ter um certo seguimento. A música já se encontra em fase de gravações. Preciso ainda de definir bem a linha melódica da voz, mas está quase pronta.

Assim deixei um poema ao abandono, que encaixa no entanto na melodia feita ontem, e fiz um novo para essa mesma melodia. Tudo isto em duas noites. Não vou publicar nenhum dos poemas. Um porque não gosto, o outro porque prefiro que fique guardado por enquanto.

Este texto é então uma simples nota informativa sobre aquilo que ando a fazer.

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